Não sabíamos o que fazer para nos divertir no clube em que estávamos, pois já era noite e não havia ninguém que conhecíamos.
Perto da piscina do clube havia um morro grande, o mesmo morro da favela do chapéu mangueira, no leme. Havia uma escada que subia para o dojô do clube, onde eu tenho aula de judô. Um pouco longe da escada havia uma trilha pelo meio da mata, que dava no dojô também, da qual me lembrei nesse momento:
- Ei, porque não subimos o morro pela trilha? Será divertido! - Falei.
- Mas é assustador e os funcionários do clube não permitem! - A amiga de minha irmã falou.
- Por isso mesmo que será divertido. - Respondi.
No final todos concordamos e andamos em direção à trilha. Liguei minha lanterna de bolso para usar como forma de iluminar nosso caminho. Esperamos até que não houvesse ninguém nos vendo, tomamos coragem e seguimos a trilha. Foi bem assustador no início, tínhamos medo de aparecer alguma cobra ou de sermos vistos, mas logo chegamos no final da trilha, na frente do dojô. Não havia ninguém tendo aula de judô, por isso ficamos apenas nós 4 sozinhos lá em cima.
As garotas começaram a contar uma história que já estávamos cansados de ouvir, de um velho assassino que vivia em uma caverna perto do dojô. Por via das dúvidas, nem chegamos perto da caverna.
Quando íamos descer, resolvemos tomar outro caminho, para variar um pouco. Um caminho mais assustador e mais dentro da mata ainda. Ouvímos sons estranhos o tempo todo, coisas como rosnados e passos. Sabíamos que tinha um cachorro solto em algum lugar, pois eu já o vi antes. No meio do caminho eu tropecei devido à escuridão e minha lanterna caiu iluminando uma parte da mata. Foi aí que ele apareceu. Estava parado, iluminado pelo faixo de luz da lanterna. Era um homem alto, magro, sem rosto e vestindo terno. Era o Slender Man!
Alguns segundos depois, ele sumiu. Continuamos nosso caminho, apavorados. Nunca mais vimos o Slender Man e nunca mais passamos por aquela trilha de novo. Nunca mais.
Fonte: Criptomania
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