07 agosto 2013

Creepypasta dos Fãs: Experiência de Guerra

Você já pensou de onde saíram os tais dos  “monstros” que as crianças dizem estar embaixo de sua cama, entre os sapatos perdidos e os doces sujos ou em seu guarda-roupa, mostrando seus  olhos sombrios entre as sombras da venezianas da porta?  Talvez a curiosidade do homem ainda não tenha chegado a esse ponto, na verdade, talvez ainda não chegaram  a acreditar nessas “bobagens de criança”, pelo menos não que você saiba.

A curiosidade humana já atingiu tais níveis que talvez não devêssemos nem mesmo ter pensado em tais coisas.  Qual é o limite das vontades humanas a ponto de criar as assombrações do mundo apenas para o bem de “uma vontade maior”  vinda do nada?  Você já sabe do que falo? Bem, então me deixe lhe contar uma história.

Durante a 2ª Guerra Mundial, ambos lados procuravam novas armas, bombas e qualquer outro equipamento que pudesse favorecer ao seu lado. Porém ainda assim, secretamente alguns dos comandantes de pequenos batalhões nazistas que ocupavam áreas isoladas e/ou não importantes faziam pesquisas secretas longe dos olhos das autoridades com mais poder, procurando saber mais sobre mutação e evolução humana. Os avanços foram surpreendentes, e com algumas pesquisas descobriram mais sobre o corpo humano, seus pontos fracos e fortes, do que a ciência descobrira em anos.  Uma reunião foi marcada e decidiram que a melhor forma de “aprimorar um humano” era através da cirurgia e do uso de radiação.

Após testes em ratos de laboratório, o comandante mais importante da operação mandou uma carta aprovando os testes em humanos. Porém, o mensageiro foi morto antes de chegar ao laboratório, portanto demorou muito tempo até os cientistas serem informados que poderiam experimentar em humanos, e a essa altura a guerra estava em seu auge. Não havia tempo para fazerem experimentos simples, eles precisavam começar tudo rapidamente. Outra reunião foi marcada, nela os comandantes escolheram os melhores soldados para a operação e garantiram que os materiais e as cobaias chegariam no máximo em três semana, pois eles queriam testes seguros antes de tudo. Mas mesmo assim, o cientista responsável (cujo vou chamar de Frank a partir de agora) não aprovava esse comportamento, defendendo que tudo deveria ocorrer o mais rápido possível.

Frank passou noites em claros, sobre apenas a clara luz de velas traçando mapas do corpo humano e tramando várias rotas para a operação, talvez fossem tais condições que o deixaram louco. Passou-se meia semana de tais acontecimentos e ele não aguentava mais, sua face se contraia de ansiedade e ele olhava ao redor paranoico a todo o momento.

Durante a noite, tudo se acalmou, ele foi dormir mais cedo que todos. Um dos soldados, curioso, o seguiu até os dormitórios, que ficavam isolados do resto da base. Frank apressava o passo, e olhava para trás constantemente, quando chegou ao seu dormitório fechou a porta com tanta força que até mesmo o soldado ouviu, mesmo estando a 5 metros de distância. O soldado correu silenciosamente em direção a porta e espiou pela fechadura.

Ele estava perto da última cama, nos fundos do alojamento, onde era mal iluminado. Sobre a cama haviam papéis e uma pequena luminária. Ele procurava freneticamente algo em uma pequena cabeceira, parecia que a sua vida dependia daquilo. De lá, tirou três seringas meio cheias com líquidos estranhos, ele puxou uma garrafa de álcool debaixo da cama e completo as seringas com o que tinha dentro. Logo após isso, injetou isso nele mesmo, uma seringa foi no pulso, outra no meio da nuca e a última no final da coluna vertebral e então, caiu em um sono profundo.
O soldado saiu rindo, pensando que era apenas um remédio para dormir muito amargo ou alguma outra coisa boba. Não sabia ele como estava errado...

Na outra manhã, o laboratório foi atacado por um batalhão americano. Mas para a surpresa deles, não havia nada para atacar! Três dos alojamentos estavam sobre pedaços, e debaixo dos escombros soldados muito feridos imploravam por morte, o laboratório estava em parte destruído e cadáveres estavam por todo o chão de lajotas branco, agora manchado com líquidos vermelhos e pretos. Pensando que alguém atacou aquele lugar antes, ele ordenou seus soldados a fazer uma ronda pelo território, em busca de algo ou alguém que pudesse indicar o que aconteceu ali. Um grupo foi designado para buscar perto dos alojamentos, outro, um pouco maior para procurar no laboratório, e o capitão, fez questão de procurar na floresta depois que achassem algo.

Dos soldados presos nos escombros apenas um foi retirado com vida. Sob pena de tortura mandaram ele falar tudo que sabia, mas os únicos sussuros que conseguia falar eram indecifráveis, pura loucura:

- Ele está vindo... Não procurem!  Eu presenciei o inicio de tudo, o inicio ele, o inicio do apocalipse.

Ele olhava ao redor paranoico, segurava o joelho com as mãos e o acalmava, falando coisas que uma mãe falaria a um filho. O capitão, não satisfeito mandou o prender em um quarto escuro, sem comida e sem água até ele falar algo, após isso juntou um pequeno grupo com os melhores soldados e partiu para a floresta.

Estava muito escuro, a luz da Lua sobre as árvores formava sombras sinuosas e enganadores, além da luz do céu a única iluminação eram precárias lamparinas. Muitos dos soldados, medrosos, carregavam consigo cruzes e  água benta, pensando se tratar de assombrações, o capitão, ria sarcasticamente, com “pena de mentes tão pequenas”.

Depois de alguns metros, começaram a ouvir sussurros que pareciam vir de dentro de suas próprias cabeças, falavam sobre seus medos mais profundos e seus sonhos mais sombrios, parecia ser diferente para cada um. Os soldados mais corajosos compartilhavam o que ouviam, mas o capitão, não respondia como de usual, ele apenas continuava andando, até que começou a gritar: Pare! E a correr de volta para a base. Os soldados não voltaram.

Chegando lá, correu para a sala onde deixou o soldado nazista preso. Na parede dos fundos havia um grande buraco, e do lado um círculo com um grande  X cruzando-o.

O soldado havia desaparecido, e a única coisa que restava na sala era uma mesa com um pequeno diário. Todas as páginas continham fórmulas complicadas, letras ilegíveis e pedaços rasgados ou queimados, as últimas páginas eram as únicas decentes, onde podia se ler:

15/06
Ainda não testei nenhum das “poções” em humanos, mas pelo que pude ver trouxe resultados fantásticos! Mal posso esperar para ver os nossos “super soldados”. Apenas um problema foi encontrado, em todos os ratos testados a pele se dilatou ficando branca, fazendo os pelos caírem e o corpo cresceu surrealmente, mas não realmente da forma que esperávamos.

20/06

Aqueles idiotas decidiram adiar o procedimento, mal eles sabem como isso é importante. Eles vão ver, eles vão ver. Eu vou virar o experimento em si! Eles vão me ver comandar esse mundo, trazendo medo a todos eles, os soldados e seus filhos malditos

Enviada/Escrita por: Ana Luiza

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