Sejam bem-vindos proxies vagabundos...
A introdução por si só já mostra que quem vos fala não é o Pedro. Aqui é o Leon, do Predomínio do Terror. Para quem não lembra, eu faço parte tanto desse blog quanto de sua page (facebook), eu tinha até uma série aqui, mas o projeto dela morreu, então de quando em vez eu irei quebrar um galho para o Pedro postando contos meus ou traduzindo material. A seguir você confere uma criação minha (que inclusive reforça uma "Slender Theory" abordada aqui no blog)... E antes:
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O período exaustivo de trabalho teve um desfecho peculiar naquele dia. Chegando na portaria, o porteiro informou-me de que tinham deixado uma entrega para mim. Um pacote muito amassado, meio rasgado e até mesmo mofado com um conteúdo dentro, que de cara supus ser uma fita. Ao entrar em meu apartamento o confirmei.
A fita tinha uma aparência bem antiga e um papel a acompanhava. Nele estava escrito "Pornô Lésbico. Que tal?". Cansado e sabendo que o tédio me aguardava, eu simplesmente caí na risada, larguei a fita e fui em busca do meu vídeo-cassete. Por sorte eu ainda não o tinha jogado fora. Conectei tudo corretamente e pus a fita.
Uma experiência que afirmo como desperdício de tempo, porque sinceramente foram 10 minutos de uma gravação fodida de uma miséria indescritível. Passados cinco minutos inúteis de um diálogo sem fundamento algum, onde três garotas falavam sobre o quão bom é fazer uma tatuagem perto do cú - "da um ardosinho bom", diziam - elas deitam-se na cama e apenas encaram a câmera. O mais excitante do vídeo é o foco nos seios da mais peituda, mas sexo em si, o vídeo é escasso.
Decepcionado, eu desliguei a TV e deitei-me. E então, naquela noite, um sonho pôs-se em infortúnio no meu sono. Nada demais, posso dizer: o meu sonho era idêntico ao filme que antecedera - da maneira mais infeliz - o meu cair na cama. Todavia, tivemos um adicional de 2 minutos. A câmera tirava o foco das garotas e saía explorando o local onde elas estavam. A única coisa que podia ser ouvida era o áudio ambiente e uns leves sussurros do cameraman. Sobre o lugar? Não passa de um quarto em um mero - e gigantesco - corredor.
O câmera passa a seguir o corredor, mas em certo ponto - diria na metade - ele para. Meu sonho, por sua vez, encerra. Acordei atordoado e tive a leve impressão de que aquele que gravava notara algo no fim do corredor.
Na noite do dia seguinte, eu novamente sonhei. Era o sonho da noite anterior, só que mais uma vez um tempo determinado era adicionado à filmagem. Depois de três minutos do câmera perplexo (visto meu julgamento), ele retoma a câmera em mãos e segue até o término. Logo percebe-se que ele notou um homem, que se encontra em sua frente. Um barulho horrível toma a filmagem, parece um apito, junto de uma estática. O sonho acaba.
Esses sonhos foram se sucedendo, sempre adicionando algo mais. Em um dia, pude ver os vestes do homem: era uma casaco preto, uma calça de moletom e os pés descalços; n'outra ocasião pude ver sua face, um envolto branco com meros glóbulos ocos e vastos de escuridão. Na terceira vez... Ele dizia seu nome ao câmera... Algo como Victor... Victor Surge.
Foi quando eu tive a ideia de perguntar ao porteiro, quem teria deixado aquilo para mim. Ele me disse que fora um homem calado, portando terno, com a face pálida e um aspecto esguio.
Os sonhos não pararam, mas desde que ele disse seu nome, venho tido experiências apenas com sua face. Agora seu rosto é vermelho e em cada órbita vazia de seu olho há um "X". Na última noite, entretanto, o pesadelo evoluiu. Alguém atrás de Victor... Alguém o controlava... Como uma marionete.
Victor aponta para o homem esguio atrás dele:
- Mestre - ele sussurra. E o sonho acaba.
SLENDER IS WATCHING YOU
Escrito por: Leon Leonidas
Muito bem narrado, parabéns ^^
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